O deputado do PS
Paulo Pisco, eleito pelas Comunidades Portuguesas, enviou na última
quinta-feira uma carta aberta à direção da RTP, acusando-a de instrumentalizar
a RTP-Internacional a favor do Governo.
Na missiva, enviada
à agência Lusa, o deputado socialista pelo Círculo da Europa e Coordenador na
Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, afirma que a
RTP-Internacional negou "o necessário pluralismo que deve ser a marca
distintiva do serviço público de televisão".
Paulo Pisco relata,
na carta, que, a 28 de janeiro, se realizou na Assembleia da República uma
reunião da Comissão do Associativismo e Comunicação Social do Conselho das
Comunidades Portuguesas, na qual participou em representação do Partido
Socialista (PS).
"Os temas em
discussão foram as políticas do Governo para a Comunicação Social das
Comunidades, a situação da Agência Lusa e o contrato de concessão do Serviço
Público de Televisão", indica na carta.
Diz ainda que o
secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, esteve em diálogo com os
conselheiros presentes, "mas depois foi apenas ele a ser longamente
entrevistado pela RTP-Internacional".
Paulo Pisco lamenta
que "o único representante da oposição e representante dos portugueses
residentes no estrangeiro" tenha sido "totalmente ignorado, não
obstante estar até a participar numa reunião que decorria no parlamento".
O deputado do PS
considera que a RTP-Internacional está "ostensivamente ao serviço do
Governo", "calando a voz da oposição e negando o necessário pluralismo
democrático que deveria ser uma marca obrigatória e central do Serviço Público
de Televisão".
A carta aberta foi
enviada ao presidente da RTP, Alberto da Ponte, ao diretor do Serviço
Internacional da RTP, ao Conselho de Redação e à Comissão de Trabalhadores da
RTP.
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