PortuNoticias | Acusam supermercados da Venezuela de obter grandes lucros à custa dos camponeses

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014


O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, acusou as grandes redes privadas de supermercados do país de se aproveitarem do trabalho dos camponeses para obter grandes lucros com a comercialização de produtos agrícolas.

"As grandes cadeias de supermercados, que na Venezuela não semeiam nem uma planta de milho, fazem desastres com as colheitas dos camponeses", disse.

Militante do Partido Socialista Unido da Venezuela, Diosdado Cabello, falava durante um encontro com agricultores no Estado venezuelano de Anzoátegui (315 quilómetros a leste de Caracas), durante o qual anunciou que o Executivo prepara-se para avançar em breve com novas ações em matéria agrícola e social.

Segundo Diosdado Cabelo, "às vezes não se conseguem as verduras" nas prateleiras, porque "há máfias" que condicionam os preços de compra a nível de agricultores e as levam "e o produtor, que é quem mais trabalha, é quem menos ganha neste sistema de produção, porque os intermediários ficam com os lucros".

"Já Basta! Isto tem acontecido durante anos (…) Aqui não virão mais os privados a dizer-lhes ou agarras este dinheiro ou verás que fazer com a produção", disse.

Por outro lado insistiu na necessidade de criar empregos em matéria agrícola para impulsionar o sistema nacional de produção de distanciar os jovens dos vícios, sublinhando que a "única maneira de tirar alguém do ócio é através do estudo e do trabalho".

Na Venezuela algumas das mais importantes redes privadas de supermercados são propriedade de comerciantes portugueses radicados no país.

Na quarta-feira o ex-presidente do Instituto para a Defesa das Pessoas no Acesso a Bens e Serviços (Indepabis), Eduardo Samán, acusou os comerciantes de provocarem a alta inflação que se regista no país ao aplicarem aumentos injustificados no preço das mercadorias.

"Se eles não tivessem essa prática de fazer aumentos injustificados, a inflação não se daria (…). A inflação é o resultado da alteração de preço", disse numa entrevista ao canal televisivo de notícias Globovisión.

Eduardo Samán explicou que a especulação é uma consequência do capitalismo, que fixa os preços dos bens segundo o valor que as pessoas estejam na disposição de pagar por eles.

PortuNoticias com © Lusa | Felipe Gouveia | Agencia de noticias de Portugal


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