PortuNoticias | Conselheiros pedem unanimidade dos partidos para rever lei do Conselho das Comunidades

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013


Responsáveis do conselho permanente do Conselho das Comunidades Permanentes (CCP) pediram hoje aos diferentes partidos que procurem unanimidade ou a máxima concordância possível na revisão da lei do funcionamento deste órgão, que deverá chegar ao parlamento em breve.

O conselho permanente do CCP, que se encontra reunido em Lisboa até sexta-feira, foi hoje ouvido pelos deputados da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades, numa reunião dominada pelo tema da revisão da lei.

Em nome do Conselho das Comunidades, Fernando Gomes lembrou que a atual lei foi alterada há cinco anos e "agora aparece outra tentativa de correção", manifestando "receio que daqui a dois ou quatro anos venha outra" alteração.

A lei sobre o funcionamento do CCP, defendeu, deve ter "o seu tempo de uso e de aplicação".

Fernando Gomes pede por isso que haja unanimidade ou, no mínimo, "uma certa aproximação política" entre os partidos "para dar uma imagem consistente à própria lei", acrescentando já ter solicitado ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, que demonstre "agilidade política para aceitar ideias diferentes para que possa haver uma aproximação no texto final".

O Governo colocou à discussão pública um anteprojeto de revisão da lei, que deverá chegar em breve ao parlamento, mas ainda se desconhece se será apresentada por iniciativa do executivo ou pelos grupos parlamentares.

Sobre a proposta de eliminação das comissões temáticas do CCP e criação de comissões regionais ou locais, avançada pelo Governo, o vice-presidente do conselho permanente do CCP António Fonseca defendeu um sistema misto.

"As comissões temáticas e regionais podem não ser incompatíveis. A experiência tem demonstrado que a comissão temática permite fazer um trabalho transversal e especializado", sustentou.

A criação destas comissões locais vai acarretar mais custos, defendem os conselheiros, que admitem que a verba prevista pelo Governo - 0,5% das receitas consulares - é insuficiente.

"A lei terá de reforçar a autonomia do CCP e a sua capacidade de intervenção passa pela autonomia de financiamento e não por situações em que temos dificuldade de funcionar por falta de verbas", afirmou António Fonseca.

Sobre a rede consular, o presidente do conselho permanente, Fernando Gomes, mencionou o encerramento "de vários postos consulares" nos últimos anos e alertou para situações de "estrangulamentos, a nível de pessoal e de sistemas informáticos", pedindo aos deputados maior atenção para esta questão.

"A comissão parlamentar poderia zelar mais de perto e exigir ao Governo um mapa estruturado", disse, afirmando que os emigrantes precisam de aceder ao apoio do Estado português, desde logo para tratar de documentação para questões laborais ou civis.

Sobre a lei eleitoral, o presidente defendeu o recenseamento eletrónico e manifestou preocupação com a degradação do ensino do português devido a restrições financeiras do instituto Camões.

© Lusa | Agencia de noticias de Portugal



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