O presidente venezuelano,
Nicolás Maduro, acusou a administração norte-americana de estar a tentar
dividir a região, advertindo os Estados Unidos de que não devem
"equivocar-se com a Venezuela, nem com a América Latina".
"O império
[norte-americano] quer dividir a América Latina (...) Quem tentar dividir a
América Latina verá a Venezuela de pé, porque não tememos nada nem ninguém, e
vamos defender o sonho de união do nosso continente", assegurou Maduro.
"A cada provocação responderemos com a contundência que nos ensinou o
comandante Hugo Chávez", disse.
Nicolás Maduro
falava no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante uma
assembleia popular convocada para assinalar o 15.º aniversário da chegada ao
poder do ex-presidente Hugo Chávez, falecido em março do ano passado, e do
início da revolução bolivariana.
O chefe de Estado
venezuelano considerou um "sucesso" a II Cimeira da Comunidade de
Estados da América Latina e Caraíbas, realizada na semana passada, em Cuba,
deixando entrever que a "demonstração de força" dada pelos países
participantes é uma das razões para os Estados Unidos quererem dividir a
América do Sul.
Durante a sua
intervenção de hoje, que as rádios e televisões do país tiveram a obrigação de
transmitir, em direto, Nicolás Maduro explicou que a assembleia popular, além
de assinalar o 15.º aniversário do início da revolução bolivariana tinha como
propósito "analisar críticas e autocríticas [do processo], para que a
revolução não estanque".
O Presidente da
Venezuela instou o Grande Polo Patriótico - a aliança de forças políticas que
apoiam o seu regime - a avançar com "uma renovação permanente do
pensamento político" e acusou a oposição de estar "derrotada e
fracionada", apenas unida "ao norte [do continente, os Estados
Unidos], pelos seus próprios interesses".
A assembleia
popular começou com uma gravação do Hino Nacional da Venezuela, interpretado
por Hugo Chávez.
O ex-presidente
assumiu o poder, pela primeira vez, a 02 de fevereiro de 1999. O discurso que
então pronunciou na tomada de posse, em Caracas, será retransmitido esta
segunda-feira, pelas televisões e rádios do país.
Nicolás Maduro
defende que o falecido líder socialista, ao chegar ao poder, encontrou um país
em "crise social", com "80% de pobreza, 40% de miséria, 25% de
desemprego estrutural, 60% do povo na economia informal e sem direito à
saúde", e com a educação em vias de privatização.
No início de
janeiro, o atual presidente da Venezuela disse que o seu governo reduziu para
19,6% o índice de pobreza.
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