Caracas, 27 jan
(Lusa) - A Venezuela reduziu de 3.900 para 3.000 a quantidade de dólares de que
os nacionais e estrangeiros, incluindo luso-venezuelanos radicados no país,
estão autorizados a dispor anualmente para operações em divisas.
A redução foi
estabelecida pela Comissão de Administração de Divisas e o pelo Centro Nacional
de Comércio Exterior e publicada na "Gaceta Oficial" (equivalente ao
Diário da República).
O valor da redução
(equivalente a 2.867 euros para 2.205 euros) abrange as divisas em efetivo, os
pagamentos com cartões de crédito por motivo de viagem e os consumos efetuados
de maneira eletrónica, através da Internet.
"É cada vez
mais difícil viajar. Por um lado, há as dificuldades para conseguir viagem e o
preço dos bilhetes e por outro, os condicionamentos para obter moeda
estrangeira. Além disso, temos a recente desvalorização da moeda nacional, que
passou de 6,30 para 11,30 a cotação oficial de cada dólar para viajantes",
disse à agência Lusa o luso-descendente Alberto Teixeira.
Alberto Teixeira
referiu à Agência Lusa que "anteriormente, quem viajava a Portugal
disponha de 400 euros em bilhetes, mais 3.000 dólares (2.205 euros) para
pagamentos com cartão de crédito" e que todos os cidadãos podiam fazer
compras pela Internet até 400 dólares (294 euros), mesmo sem viajar.
"Agora, o
total são 3.000 dólares (2.205 euros) por ano para viagens a alguns destinos e
com permanências maiores a oito dias. Desse valor, é descontado o efetivo e as
compras pela Internet", disse, mostrando-se contrariado pela situação e
chamando a atenção que "a Venezuela é um país onde escasseiam produtos,
que era possível comprar pela via eletrónica".
Segundo a
"Gaceta Oficial", se um passageiro viajar até 7 dias a um país da
África, Ásia, Europa e Oceânia, será autorizado a dispor apenas de 2.000
dólares anuais (1.470 euros), sendo os 3.000 dólares apenas para estadias de 8
ou mais dias.
Para outros
destinos, os valores são diferentes, com um máximo de 2.500 dólares (1.838
euros) em estadias longas em países como Cuba, Argentina, Brasil, Canadá, Chile
e alguns Estados norte-americanos.
No caso das viagens
a Miami (EUA), Colômbia, Curaçao, Aruba, Bonaire, Panamá e Peru o valor máximo
autorizado é de 700 dólares (514 euros) por ano.
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