O economista e
deputado lusodescendente Jesus Farias disse hoje que a Venezuela tem como
prioridades para 2014, abater a inflação, acabar com a especulação e com o
"dólar paralelo", e fortalecer a economia.
"Temos tarefas
concretas para este ano no âmbito económico. Em primeiro lugar abater a
inflação. Não podemos continuar arrastando níveis inflacionários de 56%
(acumulados em 2013), que são o resultado da guerra económica e da especulação
desatada por grande grupos económicos", disse.
Em declarações ao
canal estatal Venezuelana de Televisão, o militante do Partido Socialista Unido
da Venezuela, o partido do falecido Presidente Hugo Chávez, precisou que esses
níveis inflacionários são também "o resultado de uma economia doente, que
produz muito pouco".
Por outro lado
sublinhou que as prioridades são ainda "baixar" o marcador do dólar
no mercado negro e fortalecer o crescimento económico, desafios que no seu
entender são "complexíssimos", num ano em que a Venezuela aposta em
"sanear" a sua economia.
"Temos de
baixar esse marcador que é o dólar negro e temos de estabelecer condições que
permitam que uma economia doente como a nossa, assim doente como está, possa
crescer", disse.
Segundo o
luso-descendente, com a economia atual "será impossível cumprir as tarefas
que a revolução nos solicitou" e por isso há que "impulsionar a
industrialização do país e expandir ao máximo o desenvolvimento das forças
produtivas".
Na Venezuela
existe, desde 2003, um férreo sistema de controlo cambial que impede a livre
obtenção de moeda estrangeira no país.
Oficialmente a
cotação atual do dólar norte-americano é de 6,30 bolívares para importações
consideradas prioritárias, como alimentos e medicamentos.
Para outros
produtos e para fins turísticos a cotação varia segundo leilões semanais
efetuados pelo Banco Central da Venezuela cuja média das ofertas registadas nas
últimas semanas foi de 11,30 bolívares por cada dólar norte-americano.
Existe ainda um
mercado paralelo de divisas, popularmente conhecido como mercado negro, onde o
dólar norte-americano tem uma cotação de mais de dez vezes superior aos 6,30
oficiais, mas cujo valor a legislação proíbe divulgar.
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