O Presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, e o líder da oposição, Henrique Capriles, repudiaram
a violência naquele país, que provocou, pelo menos, três mortos, 23 feridos e
30 detenções, segundo informação das autoridades.
Nicolás Maduro
condenou a onda de violência nas manifestações anti-governamentais, mas
atribuiu-a a autores materiais e intelectuais. "Toda a informação que
possuo indica autores materiais desta violência, mas também indica autores
morais", disse Maduro num discurso a partir do estado Aragua, no
centro-norte, transmitido na estação de rádio e televisão.
Manifestações em
Caracas e nas grandes cidades do país convocadas pela oposição para protestar
contra o Governo de Maduro terminaram com incidentes que causaram a morte de,
pelo menos, duas pessoas na capital, onde os manifestantes apedrejaram o
Ministério Público e queimaram veículos da polícia.
O Presidente da
Venezuela repudiou a violência e pediu para estarem alerta para combater
qualquer intenção para destabilizar o seu Governo.
Ao mesmo tempo que
defendeu o seu Governo como respeitador dos direitos civis e das liberdades,
disse num tom energético que deu instruções para que todo aquele que se
manifeste sem autorização seja imediatamente detido.
"O repúdio à
violência fascista, golpista, destes pequenos grupos (...) Todo o mundo alerta,
não confiemos em quem é capaz de tudo", disse.
Por sua vez, o
líder opositor Henrique Capriles condenou a violência gerada no final das
manifestações em Caracas e noutras partes do país, afirmando que estas ações
não podem manchar a demonstração do protesto cívico e cidadão.
"Condenamos a
violência! A violência jamais será o nosso caminho! Estamos seguros que a
imensa maioria a rejeita e condena!", disse Capriles na rede social
Twitter.
Para Capriles
"hoje mobilizaram-se milhares de pessoas de forma pacífica para exercer o
seu direito ao protesto" e é "inaceitável manchar essa demonstração
com violência!".
Milhares de
estudantes e ativistas da oposição foram às ruas na quarta-feira em Caracas e
outras cidades venezuelanas para protestar contra o alto custo de vida e a
insegurança.
Um ativista
pró-governo e um estudante foram mortos na quarta-feira, em Caracas, anunciou a
procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, ao dar conta de 23 feridos
em manifestações em várias cidades.
Outro militante foi
baleado mortalmente em Chacao, a leste da capital da Venezuela, de acordo com o
presidente do município.
Por sua vez, o
ministro do Interior, Miguel Rodriguez disse que foram presas 30 pessoas.
"Todos eles tinham capuzes, rádios e tinham nas suas malas ‘cocktails molotov’,
pedras, todos os tipos de objetos para atacar a polícia", afirmou.
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