O deputado do PS
Paulo Pisco questionou o Governo sobre o funcionamento do Gabinete de Apoio ao
Investidor na Diáspora (GAID), criado há quatro meses, afirmando que ninguém
atende o telefone nem há informação disponibilizada aos empresários.
Numa pergunta
dirigida ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, o
deputado socialista defende que se impõe "saber quais os meios, os
recursos e o desempenho do GAID, para que os empresários das comunidades
portuguesas tenham a certeza que não estão perante um logro mascarado de
política para as comunidades".
O gabinete foi
criado em outubro do ano passado pelo Governo, com o objetivo de "apoiar a
comunidade portuguesa e lusodescendente na área empresarial, nos países de
acolhimento, tendo em conta o seu potencial em termos de investimento e a
possibilidade de realização de parcerias de negócios com Portugal", como
anunciou o Executivo na altura.
No entanto, Paulo
Pisco refere que "este gabinete, que tem presença no site da Secretaria de
Estado das Comunidades, não tem nenhuma página eletrónica com informações,
aparentemente não tem funcionários e, aquando do seu lançamento, o secretário
de Estado das Comunidades afirmou que funcionaria a custo zero".
"Consequência
ou não deste facto, a verdade é que ninguém responde quando se liga para o
telefone que foi disponibilizado quando o projeto foi lançado e que consta do
'power point' de apresentação", considera na pergunta entregue no
parlamento.
"Dado
tratar-se de um instrumento que pretende fazer a ligação com os empresários
portugueses espalhados pelo mundo, seria normal que houvesse um conjunto de
canais de comunicação e de informação que permitisse aos interessados, pelo
menos, dar os primeiros passos nas suas intenções de investir em Portugal.
Estranhamente, não é isso que acontece", considera o deputado socialista,
insistindo numa crítica que já tecera na semana passada.
Na pergunta, o PS
questiona José Cesário sobre "que despesas de funcionamento e quantos
funcionários e em que regime trabalham no GAID".
Pisco quer ainda
saber por que motivo "ninguém responde do telefone" e "o GAID
não tem uma página eletrónica com informações úteis aos empresários portugueses
residentes no estrangeiro", pedindo ainda dados sobre as atividades até
agora desenvolvidas pelo gabinete, e com que resultados.
A Lusa ligou várias
vezes para o número do GAID, mas ninguém atendeu.
Em declarações à
Lusa sobre as críticas do PS, na semana passada, o secretário de Estado afirmou
que o gabinete "está a funcionar com regularidade e tem havido vários
empresários que têm recorrido ao seu serviço", mas assegurou que irá
esclarecer a existência de eventuais dificuldades.
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