PortuNoticias | 40 produtos apresentam problemas de escassez na Venezuela

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014


O vice-presidente venezuelano para a Área Económica, Rafael Ramírez, disse no domingo que 40 produtos apresentam problemas de escassez na Venezuela, ao mesmo tempo que assegurou que o governo nacional continuará a trabalhar para combater os problemas de abastecimento.

Numa entrevista ao canal privado de televisão Televen, Rafael Ramírez – que também é ministro de Petróleo e Minas e presidente da empresa estatal Pdvsa –, explicou que essa foi uma das razões pela qual o governo promulgou recentemente a Lei de Preços Justos.

"Nós gastámos milhares de milhões de dólares para trazer alimentos para o nosso país e se não fosse pelo sistema de distribuição que estabeleceu a revolução (…) provavelmente não teria sido possível atender os pedidos do nosso povo, porque teríamos ficado só nas mãos de grandes cadeias de distribuição privada", disse.

Segundo aquele responsável, o tema da falta de abastecimento é "um fenómeno grave de especulação" que atenta contra a estrutura de preços, "uma situação que está em desequilíbrio e que a Lei de Preços Justos vai atender de maneira prioritária".

"Com os preços que alguns segmentos da atividade privada estão colocando nos produtos na rua, estão jogando à escassez, para que isso seja uma espiral, estão contrabandeando. Nós estimamos que pelo menos 30 a 40% dos nossos produtos vão parar fora do país", disse, precisando que em novembro último o Governo venezuelano fez um plano excecional de importação de alimentos.

"Vamos importar o que tivermos que importar, mas estamos reunindo com setores de produção nacional para produzir no país tudo o que possamos produzir (…) temos de ser capazes de produzir a maioria dos alimentos que consumimos. A produção (nacional) aumentou mas também o consumo. Somos um país que, em revolução, conseguiu ter maior poder aquisitivo, maior salário e está consumindo", disse.

Questionado sobre a alegada falta de divisas para as importações o ministro venezuelano precisou que estão a ser disponibilizados 42.960 milhões de dólares (31.846 milhões de euros) para atender a procura no país, "um número extraordinário, muito grande".
"Este é um governo popular, revolucionário, com uma clara orientação, (mas) que ninguém se engane. Não nos vamos desviar do que é a nossa proposta política. O que dizemos é que 96% dessas divisas proveem da venda do petróleo, pertencem ao povo", frisou.

Segundo Rafael Ramírez o governo venezuelano está a estabelecer prioridades para a procura de moeda estrangeira para garantir que as divisas sejam disponibilizadas à taxa de 6,30 bolívares (0,07 cêntimos de euro)para alimentos, saúde, educação e para os bens de capital necessários para a produção.

"Abrimos um espaço para as coisas que não são essenciais para a nossa economia. Para ser mais específico 11.800 milhões de dólares vão ser disponibilizados para outra taxa, que resulta dos leilões do Sicad que neste caso é a 11,30 bolívares (13 cêntimos de euro)", disse.

PortuNoticias com © Lusa | Felipe Gouveia | Agencia de noticias de Portugal


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