A Venezuela vai
hierarquizar as importações para determinar quais são prioritárias, prevendo
que alguns produtos passem a ter uma cotação mais alta que os 6,30 bolívares
por dólar estabelecidos oficialmente, anunciou segunda-feira o vice-presidente
venezuelano para a Área Económica.
"Vamos definir
critérios que anunciaremos ao país", disse Rafael Ramírez durante uma
conferência de imprensa em Caracas.
O também ministro
de Petróleo precisou que os produtos alimentares, medicamentos, tecnológicos e
educativos continuarão a ser importados a preços preferenciais.
No entanto, os bens
considerados não prioritários, os investimentos petrolíferos, a compra de ouro
e a compra dólares a turistas, vão ter uma cotação que dependerá dos leilões
semanais que realiza o Sistema Complementar de Administração de Divisas
(Sicad).
Na Venezuela vigora
desde 2003 um sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção de moeda
estrangeira no país. Para importarem produtos, os empresários devem dirigir-se
à Comissão de Administração de Divisas para obterem os dólares necessários,
cujo valor oficial é de 6,30 bolívares por cada dólar.
Os empresários
queixam-se, frequentemente, de atrasos na atribuição e dificuldades para obter
os dólares, cuja cotação no mercado negro é dez vezes superior à oficial.
Rafael Ramirez
confirmou ainda que o governo venezuelano está a analisar subir o preço do
litro de combustível no país, que atualmente é de aproximadamente 0,015 dólares
ao câmbio oficial, porque o custo de produção é 28 vezes maior que o preço de
venda.
"A Petróleos
da Venezuela paga para que as pessoas ponham gasolina", frisou o ministro
ao destacar que o subsidio ao combustível representa uma perda anual de 12.592
milhões de dólares (9.144 milhões de euros).
@PortuNoticias com © Lusa | Felipe Gouveia | Agencia de
noticias de Portugal

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