O Presidente da República apelou hoje aos emigrantes portugueses
"em funções de destaque" para ajudarem o país sua
"credibilidade" e "imagem", com objetivo de contribuírem
para um maior investimento estrangeiro e consequente crescimento económico.
"Portugal tem
de ser capaz de aproveitar, de tirar partido, das potencialidades desta nova
diáspora, como fazem outros países. Estudámos outros casos, como a Irlanda.
Este Conselho (da Diáspora Portuguesa) surgiu como resposta a um repto que
lancei, no sentido de mais vozes portugueses se juntarem às vozes de políticos
e diplomatas para projetar Portugal no estrangeiro pela positiva e contribuir
para corrigir alguma desinformação que existe sobre o nosso país e assim ajudar
a melhorar credibilidade do país e difundir as suas potencialidades",
disse Cavaco Silva.
Na cerimónia de
encerramento do encontro anual do Conselho da Diáspora Portuguesa (CDP), em
Cascais, o Chefe de Estado defendeu que o país pode "colher muitas
vantagens, contribuindo para criar condições para o investimento do país por
parte de investidores estrangeiros ou mesmo uma maior predileção pela escolha
de produtos portugueses".
"(Daí)
resulta, talvez, mais exportações, mais visitantes, turistas, mais decisões de
investimento no nosso país e isso contribui para o crescimento económico em
Portugal e para o aumento do emprego", afirmou, desejando que "este
encontro marque uma atitude nova no relacionamento entre o país e a sua
diáspora, em particular aqueles portugueses que alcançaram um lugar de destaque
nos países onde exercem as suas atividades".
Cavaco Silva pediu
ainda para que os emigrantes portugueses, "além da ligação afetiva, tenham
agora uma ligação mais empenhada em casos mais concretos para ajudar ao
desenvolvimento do país".
Segundo o
Presidente da República, depois de um núcleo de 24 fundadores, o CDP conta
agora com "52 membros, em 16 países e quatro continentes", adiantando
que o objetivo "é mapear 200 portugueses que exercem funções de destaque
no estrangeiro".
"Temos aqui um
grupo de excelência de portugueses que exercem a sua atividade no estrangeiro,
em diversas áreas, na economia, nas empresas, na cultura, na arte na cidadania,
que ganharam uma projeção através do seu mérito, da sua experiência, e são altamente
considerados. Demonstra bem a evolução que teve a nossa diáspora nas últimas
décadas, no reforço da qualificação", disse.
O
primeiro-ministro, Passos Coelho, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, o
ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, o ministro da
Economia, Pires de Lima, mas também secretário-geral do PS, António José
Seguro, ou o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, marcaram
igualmente presença.
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