O arcebispo de Caracas, cardeal Jorge Urosa Savino, apelou ao governo
venezuelano que avance com uma denominada “medida de graça", com vista a
conceder a liberdade, em breve, dos chamados "presos políticos".
"Na
Constituição e nas leis há distintos tipos (de medidas) que podem e devem
aplicar-se naqueles casos (…). Espero que isto se possa concretizar com
brevidade", disse o prelado.
Numa entrevista ao
diário El Universal, o arcebispo de Caracas sublinhou que a Igreja, "de
maneira recorrente, tem insistido para que hajam ‘medidas de graça’" para
os "presos políticos", entre eles o comissário Ivan Simonovis.
Em várias
oportunidades, a oposição venezuelana tem pedido ao Governo que indulte Iván
Simonovis, um comissário que está preso e foi condenado por um tribunal que o
considerou responsável por duas das 19 mortes ocorridas durante os
acontecimentos de abril de 2002, em que Hugo Chávez foi afastado
temporariamente do poder.
Familiares e
políticos opositores insistem que Iván Simonovis está em delicado estado de
saúde, questionando os motivos porque permanece preso, quando outros polícias
também acusados pelos mesmos delitos foram indultados pelo então presidente
Hugo Chávez.
O ministro
venezuelano do Interior, Justiça e Paz, Miguel Rodríguez Torres, admitiu
recentemente que o tema tem sido debatido.
A posição do
governo venezuelano é a de que não existem "presos políticos" mas sim
"políticos" e outros cidadãos que foram acusados de diversos delitos
e que foram condenados pelos tribunais venezuelanos.
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