A Câmara de
Turismo do Estado venezuelano de Mérida, 770 quilómetros a sudoeste de Caracas,
pediu hoje a quem pretenda viajar para aquela região que leve papel higiénico e
sabonetes, devido à escassez desses bens nos hotéis.
"Alguns prestadores
de serviços têm que recorrer a esta estratégia devido à escassez de materiais
para hotéis e pousadas. Estamos a passar pela vergonha de ter que dizer aos
hóspedes que tragam papel higiénico e sabonetes", disse o Presidente da
Câmara de Turismo de Mérida. Gerardo Montilla falava aos jornalistas, em
Mérida, no âmbito de um balanço dos preparativos para acolher algumas dezenas
de milhares de cidadãos que nos próximos dias visitarão aquela localidade,
fazendo dela uma das regiões mais procuradas pelos venezuelanos durante a
Semana Santa.
O atarca
acrescentou que a falta de artigos de higiene motivou o pedido de reuniões
urgentes com representantes do Ministério do Turismo, do governo do Estado de
Mérida, da Superintendência de Preços Justos e da Guarda Nacional (polícia
militar) para exposição dos problemas que afetam o setor turístico,
designadamente a "falta de abastecimento e insegurança". Esses
pedidos não tiveram resposta, lamentou.
Na Venezuela são cada vez mais
frequentes as queixas de dificuldades para se conseguirem produtos essenciais
como leite, óleo, café, açúcar, margarina, papel higiénico, lâminas de barba,
champô, sabonetes e preservativos, entre outros.
Alguns produtos,
considerados "não básicos" ou "não prioritários", estão
também em falta, como sejam acessórios para automóveis, papel e tecidos.
Diariamente os supermercados registam grandes filas de clientes à procura de
produtos que muitas vezes são comprados na totalidade sem chegarem a ser
colocados nas prateleiras.
Alguns cidadãos
recorrem frequentemente a aplicações para telemóveis, para saber onde se podem
encontrar os produtos que escasseiam e para avisar os amigos da sua existência
em determinado sítio. Para conseguir os produtos os venezuelanos gastam
diariamente horas nas filas de estabelecimentos comerciais.
#PortuNoticias Prensa Internacional com © Correio da Manhã
0 comentarios:
Que opinas deste artigo?
Diz-nos o que pensas...