Manifestante
venezuelano segura cartaz contra presidente dos Estados-Unidos, Barack Obama,
em Caracas
© Foto: Jorge Silva / Reuters
O governo da
Venezuela afirmou nesta quarta-feira ter coletado mais de três milhões de
assinaturas pedindo que o presidente dos Estados-Unidos, Barack Obama, revogue
as medidas que declararam o país uma ameaça de segurança.
Na pior crise
entre os dois inimigos ideológicos desde que Nicolás Maduro assumiu o poder em
2013, Washington anunciou no início deste mês a existência de uma “emergência
nacional” devido a “uma incomum e extraordinária ameaça” vinda da Venezuela e
aplicou sanções contra sete autoridades venezuelanas, acusadas de abusos contra
os direitos humanos e corrupção.
Em resposta, Nicolás
Maduro acusou Washington de planejar invadir a Venezuela e transformou praças
públicas por todo o país de 29 milhões de habitantes em centros de recolhimento
de assinaturas para apoiar uma petição de cunho nacionalista, de autoria do
Partido Socialista.
A oposição tem
denunciado que os venezuelanos, especialmente funcionários públicos, estão
sendo obrigados a assinar.
“De acordo com
nossas projeções, vamos coletar 10 milhões de assinaturas para dizer ‘Obama:
revogue a ordem executiva”, disse Jorge Rodriguez, um diretivos do Partido
Socialista Unido de Venezuela (PSUV, partido de governo). Ele confirmou que
três milhões de pessoas haviam assinado a petição em duas semanas.
Nicolás Maduro
espera entregar as assinaturas a Barack Obama durante a Cimeira das Américas, a
ser realizada no Panamá no próximo mês, em abril.
Embora
representantes do governo dos Estados-Unidos tenham dito que as medidas têm a
intenção apenas de punir as sete autoridades venezuelanas, negando a existência
de uma agenda mais ampla, aliados da Venezuela, incluindo países como Rússia e
Argentina, emitiram mensagens de apoio aos venezuelanos.
O bloco de países
sul-americanos Unasul também condenou a “interferência” dos Estados-Unidos.
#PortuNoticias
Prensa Internacional com © Reuters
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