O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que o diálogo com os
Estados Unidos será "difícil e conflituoso", pouco depois de desafiar
o seu homólogo norte-americano, Barack Obama, para um "diálogo de alto
nível" entre os dois Governos.
"Todas as conversações e relações com os Estados Unidos, de um país
que queira ser livre, serão sempre conflituosas, difíceis, mas os conflitos,
aprendeu a humanidade, há que os gerir pelas política e diplomacia",
disse.
Nicolás Maduro falava no palácio presidencial de Miraflores, Caracas,
numa conferência de imprensa com jornalistas nacionais e estrangeiros, durante
a qual acusou os meios de comunicação internacionais, como a CNN, de criarem
"uma campanha” para o demonizar, assim como fizeram com Hugo Chávez.
"Sugiro ao Presidente (Barack) Obama que manejemos o conflito entre
a independência do sul, entre a revolução bolivariana e a elite dos Estados
Unidos, pela via política e diplomática", frisou.
O Presidente da Venezuela sublinhou estar na disposição de "nomear
um embaixador nos EUA, para que cumpra o papel da via diplomática e
política".
Para esse "grande diálogo", Nicolás Maduro designou Roy
Chaderton, atual representante permanente da Venezuela na Organização de Estados
Americanos, e concedeu poderes especiais ao atual ministro das Relações
Exteriores, Elías Jaua, "para que avance o processo".
"Nós com os EUA o que queremos é paz, respeito, cooperação. Amamos
os povos dos EUA, admiramos a sua cultura, a sua música (…) o povo dos EUA é um
povo também nobre que merece ser visto no mundo como um povo de paz, ser amado
(…) será difícil, mas estamos prontos", frisou.
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