Comerciantes da
comunidade portuguesa na Venenzuela manifestaram preocupação por novas medidas
e inspeções decretadas pelo governo de Caracas para combater a especulação de
preços, por temerem vir a ser "injustamente prejudicados".
"Os
responsáveis nem sempre são os comerciantes, muitas vezes são os distribuidores
e todos os mecanismos intermediários entre os produtores e os supermercados,
mas somos nós os que ficamos mal vistos", disse o proprietário de um
supermercado em Caracas.
Admitindo que os
comerciantes podem ter alguma responsabilidade e pedindo o anonimato o mesmo
comerciante frisou que "seria importante que as autoridades começassem por
inspecionar os preços a outros níveis, a fim de detetar a origem de
irregularidades e assim garantir que o cumprimento da lei em todas as etapas,
desde a produção à comercialização".
Vários outros
comerciantes disseram apoiar a luta contra a especulação e o açambarcamento.
Na terça-feira o
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que avançará com
"medidas mais radicais" contra o açambarcamento, a especulação e o
contrabando de produtos, que incluirão, além de prisão para infratores a
expropriação de empresas.
"Já basta.
Vamos até ao fundo, vou até ao fundo. Não me subestimem setores da burguesia,
não subestimem o povo. Se há que expropriar vamos expropriar a quem tivermos
que o fazer, para defender a economia do país e do nosso povo", disse
Maduro, afirmando-se disposto a "fazer uma revolução económica total,
absoluta, radical".
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