O ex-candidato da
oposição Henrique Capriles Radonski desvinculou-se de um grupo de opositores
que convocou ações de rua, incluindo uma marcha para pedir a renúncia do
Presidente Nicolás Maduro, por não acreditar em saídas violentas ou golpes de
Estado.
"Não vamos
participar nisso (…) a nossa agenda é social, a saída é social. Não acreditamos
nem em saídas violentas, nem em saídas por golpes de Estado", disse o
ex-candidato à presidência da Venezuela.
Capriles Radonski,
que é atualmente governador do Estado venezuelano de Miranda, falava durante um
encontro com cidadãos, durante o qual sublinhou que os convocadores são um
setor da oposição que atua à margem da coligação opositora Mesa de Unidade Democrática.
"Onde estão os
pobres nisto tudo? Não há nada e nós não vamos participar, porque não vamos
cair outra vez, nem nos vamos deixar levar por coisas. A história repete-se
outra vez. Estamos construindo um projeto que inclua todos os pobres, a imensa
maioria do país", disse, fazendo alusão indireta aos acontecimentos que em
abril de 2002 afastaram temporariamente o falecido Presidente Hugo Chávez do
poder.
No último domingo
centenas de pessoas participaram numa assembleia de cidadãos, em Caracas, convocada
pela oposição venezuelana, durante a qual questionaram as políticas
governamentais desde a chegada ao poder de Hugo Chávez, há 15 anos, a 02 de
fevereiro de 1999.
Durante a
iniciativa, que a oposição designou de primeira jornada para mudar o país, os
participantes deram opinião sobre as alternativas para a saída da crise e as
ações a desenvolver para "restabelecer" a democracia e promover uma
viragem de regime.
Uma marcha de
protesto, no próximo dia 12 de fevereiro, dia da juventude, marca o arranque
das iniciativas que a oposição diz ser "a saída".
"Isto é um
chamamento à rebeldia", disse a deputada Maria Corina Machado, que também
subscreveu a convocatória. "Não nos calarão", garantiu. "Que nos
chamem rebeldes, mas defendamos a Venezuela!".
A marcha foi também
convocada por Leopoldo López, coordenador do partido opositor Vontade Popular e
pelo presidente da Câmara Metropolitana de Caracas, António Ledezma.

0 comentarios:
Que opinas deste artigo?
Diz-nos o que pensas...