PortuNoticias | Centenas de venezuelanos saíram às ruas em respaldo ao apelo dos lideres opositores Maria Corina Machado e Leopoldo Lopez

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014


Centenas de pessoas participaram numa assembleia de cidadãos, em Caracas, convocada pela oposição venezuelana, durante a qual questionaram as políticas governamentais desde a chegada ao poder de Hugo Chávez, há 15 anos, a 02 de fevereiro de 1999.

Os opositores, que contam com vários lusodescendentes, concentraram-se na praça Brión de Chacaíto, na zona oriental de Caracas, e exibiram cartazes com frases de contestação às limitações para se obter moeda estrangeira, à falta de energia, de medicamentos e de outros produtos básicos, à desvalorização da moeda e à alta inflação, assim como à insegurança, no país.

"As praças públicas são a única janela que fica para expressar o desacordo com o desastre da governação do país, porque a imprensa está sob pressão", disse um lusodescendente à agência Lusa, para explicar as razões que o levaram até aquela praça. "Estamos em crise pela insegurança, pela inflação, pela falta de divisas. E, em nome do bem-estar do povo, os governantes tomam medidas que só nos afetam, que nos limitam e já estamos cansados", acrescentou.

Durante a iniciativa, que a oposição designou de primeira jornada para mudar o país, os participantes deram opinião sobre as alternativas para a saída da crise e as ações a desenvolver para "restabelecer" a democracia e promover uma viragem de regime.

Uma marcha de protesto, no próximo dia 12 de fevereiro, dia da juventude, marca o arranque das iniciativas.

"É hora de nos mobilizarmos pela nossa pátria e por um melhor destino", disse o presidente da Câmara Metropolitana de Caracas, o opositor AntónioLedezma. "Se não o fizermos, seremos responsáveis pela perda da nossa democracia e pelo seu mais precioso bem, a liberdade", afirmou.

Ledezma insistiu ainda na necessidade de defender a imprensa venezuelana do controlo que a impede de obter papel para imprimir jornais, e de lutar para acabar com as filas para se "comprar farinha ou leite" e de ter de se "implorar a Deus para conseguir uma viagem aérea".

"Nos bairros não há água, luz, nem boas escolas, nem serviços de saúde. Este governo quer que nos resignemos às filas, à escassez, às migalhas, mas devemos dizer-lhe que nos sobra dignidade, coragem, firmeza e capacidade ética para lutar", disse Ledezma na sua comunicação.

O coordenador do partido opositor Vontade Popular, Leopoldo López, por seu lado, apelou a que "se levante a voz para dizer basta", sublinhando que "todos são vítimas" e "burlados" pelo sistema.

Leopoldo López alertou para o caminho a fazer, que "não será fácil", exigindo organização. "Estamos iniciando uma etapa para procurar a saída. A Constituição propõe-nos vários caminhos: a renúncia [do Chefe de Estado], uma emenda constitucional, um referendo revogatório e uma constituinte", disse.

"Isto é um chamamento à rebeldia", disse a deputada Maria Corina Machado, que também subscreveu a convocatória da reunião de hoje. "Não nos calarão", garantiu. "Que nos chamem rebeldes, mas defendamos a Venezuela!"

Segundo a imprensa venezuelana, as assembleias da oposição realizaram-se hoje em diferentes cidades venezuelanas, entre as quais Maracaibo, Mérida e São Fernando de Apure.

PortuNoticias com © Lusa | Felipe Gouveia | Agencia de noticias de Portugal


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