O Presidente Nicolás Maduro anunciou em Cuba, que o seu governo e vários
países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC)
chegaram a acordo para abastecer a Venezuela com produtos que escasseiam no
mercado nacional.
"São acordos para garantir o abastecimento dos bens de capital, dos
serviços, de alimentos para o nosso povo. Estamos rompendo 'amarras' com
fornecedores ladrões do mundo, empresários ladrões da Venezuela e do
mundo", disse.
O Presidente da Venezuela falava aos jornalistas em Cuba, onde se
deslocou para participar na II Cimeira de Chefes de Estado da CELAC.
"Não nos vão chantagear. Estamos rompendo amarras com todos e
estamos criando novos fornecedores em países aliados estratégicos",
frisou.
O Presidente venezuelano frisou ainda que 2014 será um ano de
"muito avanço" e de "alterações económicas necessárias para
beneficiar e proteger o povo" na Venezuela. Também disse que será um ano
"de muito trabalho e prosperidade", com o propósito de "conseguir
novos equilíbrios, romper com a corrupção e o lixo da burguesia
parasitária".
Entretanto o ministro venezuelano de Petróleo e Minas, Rafael Ramírez,
anunciou que a Venezuela assinou, em Havana, Cuba, vários acordos de cooperação
energética com o Uruguai e a Argentina, para "complementar o abastecimento
de alimentos" no seu país.
"Da fatura petrolífera que temos com o Uruguai poderá destinar-se
metade, através do Fundo (bilateral) Bolívar Artigas, para trazer ao nosso país
os alimentos que façam falta", disse.
Ramírez, que é também presidente da empresa estatal Petróleo da
Venezuela SA e vice-presidente venezuelano para a àrea Económica precisou que a
Venezuela prevê enviar 20 mil barris diários de petróleo à refinaria La Teja de
Montevideu.
"Esta negociação traduz-se em 160 milhões de dólares anuais. De
maneira que com a metade dessa fatura, que anteriormente iria ser financiada a
longo prazo, vamos ter a possibilidade de trazer, a curto prazo, alimentos e
outros produtos diretamente da irmã República do Uruguai", disse.
Rafael Ramírez precisou ainda que o Presidente Nicolás Maduro e a sua
homóloga da Argentina, Cristina Fernández, chegaram a um acordo para que os
"mecanismos petrolíferos" em vigor entre ambas nações "se
convertam num instrumento para exportar produtos para a Venezuela e satisfazer
as necessidades" dos cidadãos "em alguns rubros" que apresentam
problemas de abastecimento.
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