As propinas pagas
na Europa para o ensino de português estão a ser gastas na formação de
professores na América do Norte e não na qualificação do ensino nos países
europeus, criticou hoje o Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas
(SPCL).
O sindicato
"não pode de modo algum estar de acordo com esse procedimento", já
que "os encarregados de educação na Europa pagaram a propina na boa-fé de
que esse dinheiro seria utilizado para melhorar as condições de ensino dos seus
filhos" mas "não é o que está a acontecer", refere o SPCL, em
comunicado, salientando que essa informação foi dada pelo secretário de Estados
das Comunidades, numa reunião em dezembro.
Habitualmente, os
professores nos Estados Unidos e no Canadá são contratados por entidades locais
privadas ou públicas, já que eles não pertencem à rede de professores do
Instituto Camões, recorda o sindicato.
Por isso, afirmou à
Lusa Maria Teresa Soares, dirigente do SPCL, as propinas anuais pagas no Reino
Unido, na Alemanha, no Luxemburgo e na Suíça - que atingiram dois milhões de
euros - deviam de ser dedicadas a melhorar as condições de ensino da língua
portuguesa nestes países e não nos Estados Unidos ou Canadá.
A secretária-geral
do SPCL também levantou outros problemas recorrentes relacionados com os livros
dos alunos, que ainda não chegaram ou que não são adequados, e os salários dos
professores, pagos frequentemente com atraso.
Na zona de Zurique,
na Suíça, que tinha falta de professores no regresso as aulas, os lugares foram
preenchidos através da contração local, acrescentou a dirigente.
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