O
vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, destacou que Portugal avançou,
somou e consolidou resultados durante a IX reunião da Comissão Mista de
Acompanhamento Bilateral que se realizou em Caracas.
"Avançámos,
somámos e consolidámos, estas são as três palavras que podem definir
globalmente os resultados desta comissão mista", declarou o governante
português em Caracas.
Paulo Portas falava
durante a sessão de assinatura de novos acordos, memorandos e atas de
compromisso bilateral que teve lugar quarta-feira em Caracas, sob a direção do
ministro de Relações Exteriores venezuelano, Elías Jaua.
"Novos
projetos, novos negócios, novos memorandos e compromissos darão lugar a uma
presença muito forte das empresas portuguesas no mercado da Venezuela",
afirmou.
Entre as novas
áreas, o político português destacou a importância da sinelética e fornecimento
de autocarros para o grande público, que as empresas portuguesas estão "em
condições de avançar bastante".
Por outro lado,
precisou que um dos setores que avançaram é o das infraestruturas, com a
construção de novos silos nas cidades venezuelanas de Puerto Cabello e
Maracaibo e a expansão dos estaleiros da venezuelana Diana.
Paulo Portas chamou
a atenção para a "área da habitação, para o facto de estar aberta a
possibilidade, às empresas portuguesas, não apenas de participarem na missão
'vivienda' que é habitação social para quem é mais vulnerável, mas entrarem num
segundo projeto (...) com a Corpomiranda, que é habitação virada para a classe
média e para os setores mais jovens".
Além da Teixeira
Duarte, com a construção da auto-estrada Caracas - La Guaira (norte), destacou
que empresas como a Martifer e a Amal desenvolvem projetos de reconstrução de
estaleiros, fornecimento de materiais e a construção de um importante centro de
convenções na cidade de Cumaná (leste). Também avanços concretos da
Metalcértima para realizar complexos industriais com argila de muita qualidade.
Paulo Portas
destacou ainda que produtos agroalimentares portugueses, como o pernil,
continuam a ter um enorme sucesso na Venezuela, onde "há muitos
portugueses e descendentes muito felizes com isso".
"No âmbito das
tecnologias de educação somámos e seguimos (...), as nossas tecnologias
provaram tão bem, para as crianças, que podem ser competitivas, mas é preciso
competir com o que a Venezuela quer fazer em matéria de tecnologias de educação
para a universidade", explicou.
Segundo o vice-primeiro-ministro,
os "investimentos na área turística podem melhorar a capacidade de atração
turística da Venezuela na região e beneficiar bastante da formação de
pessoal", assim como na área dos medicamentos, estando a ser analisado
qual o nível de fornecimento necessário para 2014.
Para Paulo Portas,
são particularmente interessantes os projetos em desenvolvimento na área de
parques eólicos, "numa dimensão tripla, onde está Portugal, a Venezuela e
a República Popular da China".
"Foi uma
belíssima comissão mista. É o resultado muito impressionante do ponto de vista
do volume dos mais de 2.200 milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) de
negócios, oportunidades que as empresas portuguesas, a par das autoridades
venezuelanas, estão a desenvolver só a partir desta comissão", concluiu.
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