PortuNoticias | Oposição venezuelana diz que Maduro tem “inimigos etéreos e imaginários com conspirações galácticas”

sábado, 18 de janeiro de 2014


A oposição venezuelana acusou o presidente, Nicolás Maduro, de dar uma “lista de desculpas” durante a apresentação na quarta-feira do relatório de sua gestão em 2013 e de afastar-se das responsabilidades de seu governo ante os problemas do país.

“O presidente centrou-se numa série de anúncios relacionados com a situação económica e social que sofremos os venezuelanos, não sem antes afastar-se das responsabilidades de seu governo nestes graves problemas que nos perseguem”, disse a aliança opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) em comunicado.

A MUD indicou que o governante acusa à “burguesia” e a uma suposta “guerra económica” dos problemas do país; “inimigos etéreos e imaginários em frente aos quais seu governo passa a ser uma vítima de conspirações galácticas, e ele, um herói do século XXI”.

Nicolás Maduro apresentou ontem seu primeiro relatório de gestão como presidente da Venezuela na Assembleia Nacional anunciando mudanças em seu governo, medidas económicas e variações no atual sistema de controle cambiário, ao mesmo tempo que ameaçou os especuladores, insistindo que se coloque de parte o tema da insegurança na disputa política para trabalhar todos juntos.

Para a MUD, o discurso de Nicolás Maduro, que se estendeu quatro horas, “só serviu como lista de desculpas para ocultar o fracasso do modelo que se tenta implantar em Venezuela”.

Acrescentou que os anúncios do presidente limitam-se a mudanças burocráticas e administrativas e “novos ministros e funcionários públicos de alto grau, que passam de um despacho para outro, outra vez”.

“Não anunciou nenhuma medida com respeito a como enfrentará o gigantesco déficit fiscal, a queda das reservas internacionais, nem da escassez generalizada de divisas, a baixa gradual da produção petrolífera e a situação económica deficitária da (petrolífera nacional) PDVSA”, criticou a MUD no comunicado.

Reclamou que, além de anunciar mais repressão contra os supostos especuladores e acaparadores, “não teve nenhum anunciou dirigido a reduzir a inflação” que fechou com 56,2% em 2013.

“Não se referiu a como resolverá o gravísimo problema da escassez generalizada de alimentos (…) nem da escassez de cimento, ferro para a construção civil e muitos insumos industriais”, diz o documento.

A crítica inclui alias a omissão do presidente da crise que, segundo a MUD, existe no sistema de saúde ou a escassez de medicamentos.

Com respeito à insegurança que açoita o país, a MUD reclamou que o discurso do governante “é de um voluntarismo cheio de promessas de ‘mão de ferro’” e realçou que o governo tem lançado “inúmeros planos de segurança [nacional]”, mas que os índices criminosos “não têm feito senão aumentar em todo o território do país”.

Segundo números oficiais, a violência na Venezuela cobrou a vida a mais de 11.000 pessoas no ano passado, números inferiores aos 16.000 do ano 2012. No entanto, a organização não governamental “Observatório Venezuelano de Violência” assegura que os assassinatos foram cerca de 25.000 durante o ano de 2013.

Adé Caldeira | Prensa Internacional | prensa@portunoticias.com

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