PortuNoticias | Economista luso-venezuelano defende combate a especulação e consumismo

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014


O economista luso-venezuelano Jesus Faria defendeu que a Venezuela deve avançar com medidas políticas estratégicas para combater males que afetam a sua economia como a especulação e o consumismo, o mais elevado da América Latina.

"Não é por casualidade que aqui na Venezuela existem os maiores graus, não de consumo, mas de consumismo de toda a América Latina, temos muito dinheiro e deteriorou-se a cultura do investimento, da poupança e do trabalho", disse.

Jesus Faria é deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela (o partido do governo) e acredita que o país tem "um consumo desaforado" que faz parte da cultura dos consumidores venezuelanos, de uma estratégia para enriquecer alguns setores da sociedade venezuelana.

"Faz parte de uma estratégia de negócios, para que os empresários possam continuar enriquecendo, acumulando fantásticas somas de dinheiro que tiram do país, perante o despropósito ou perante a falta de propósito produtivo", disse.

No seu entender "o parasitismo, o 'rentismo' (viver de rendas), a especulação e o consumismo" só podem ser combatidos "com políticas e estratégias dirigidas a esse elemento estrutural" e que gerem estímulo e poupança, que dêem oportunidade aos trabalhadores para poupar.

"Tem que haver instrumentos de poupança distintos das taxas de juros dos bancos, que são muito baixas, para que os trabalhadores possam depositar o seu excedente aí e não se deteriore com a inflação", frisou.

Segundo Jesus Farias, estas medidas têm que ser aplicadas pelo governo mas para impulsar a poupança "é importante que o povo venezuelano saiba todos os males" que essas políticas visam atacar.

"A única maneira de acabar com o consumismo, com o parasitismo, com o 'rentismo', entre outras coisas é modificando as relações de poder, criando novas formas do exercício do poder. Este Estado que em muitas ocasiões consente a burocracia e a corrupção não tem capacidade de ir até a raiz, para atacar este problema", frisou.

O economista luso-descendente defende a criação de "novos mecanismos, com novos atores, que não sejam os interessados no roubo, no desfalque, no saque da riqueza pública, que assumam essa responsabilidade duma maneira muito mais transparente".

"Há corrupção, porque há corruptores, os grandes grupos económicos. Mas também porque há funcionários públicos que se deixam corromper, é um tema ético fundamental", acusou.

No seu entender "é uma questão sumamente complexa que não é possível solucionar com medidas pontuais", e para "atacar e vencer estes flagelos" são necessários objetivos estratégicos.

"Que o povo entenda isso, para que entenda a complexidade, não para que se desalente, mas para que saiba que só com a sua incorporação (do povo) e o fortalecimento da estratégia revolucionária que criou o comandante Chávez (Hugo) poderá sepultar definitivamente estes males que geram distorções terríveis e danos muito importantes na sociedade como a inflação e a especulação cambial", apelou.

@PortuNoticias com © Lusa | Felipe Gouveia | Agencia de noticias de Portugal


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