O presidente
venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou neste sábado, durante um ato militar em
La Guaira, próximo a Caracas, que a reunião do Mercosul será realizada em 31 de
janeiro e não no dia 17 desse mês.
Esta é a segunda
ocasião em que esta reunião do Mercado Comum do Sul (Mercosul), que
originalmente seria realizada em dezembro, é adiada. Em meados de novembro,
Maduro anunciou que a reunião seria 17 de janeiro.
Maduro não explicou
as razões desta nova modificação da data, mas, segundo o site de notícias
uruguaio MercoPress, que cita fontes diplomáticas, o governo da Argentina, ao
qual a Venezuela entregará a presidência do bloco, pediu para modificar as
datas devido ao estado de saúde da presidente, Cristina Kirchner.
Segundo a versão, o
governo argentino deseja que a cúpula da Comunidade de Estados
Latino-americanos e Caribenhos (Celac), prevista para 28 e 29 de janeiro em
Havana, e a do Mercosul sejam realizadas em datas próximas para que Kirchner
realize uma só viagem de Buenos Aires a Havana e depois a Caracas antes de
voltar a seu país.
No dia 8 de
outubro, Kirchner foi submetida a uma operação para extrair um hematoma
craniano. No dia 9 de dezembro, foi autorizada a viajar por via aérea.
Sobre a reunião da
Celac, Maduro acusou os Estados Unidos de buscar dividir os governos de América
Latina.
"Sabemos que
há conspirações para tentar criar problemas entre governos da América Latina
antes da Celac. O império norte-americano está se movimentando com intrigas e
queremos denunciar isso hoje aqui", disse Maduro em La Guaira.
Em reuniões
anteriores do grupo foram discutidos assuntos como a criação de uma rede de
segurança financeira frente à crise mundial, a melhora na luta contra a
corrupção e uma gestão pública mais eficiente.

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