Autoridades venezuelanas encontram irregularidades em zona de restauração portuguesa

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014


As autoridades venezuelanas encontraram uma tonelada de produtos exclusivos das redes estatais de supermercados em três restaurantes de El Junquito (20 quilómetros a oeste de Caracas), uma localidade onde a restauração é dominada por portugueses e espanhóis.

Os produtos em questão são exclusivos das redes estatais de supermercados Mercal (Mercado de Alimentos) criadas pelo governo venezuelano e foram encontrados pela Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar), que detetou ainda especulação nos preços e insalubridade nas arcas congeladoras.

"Determinámos, na inspeção, uma série de produtos que são distribuídos através da nossa rede, subsidiados pelo Estado, especificamente pernil importado. Os donos destes negócios fazem uma simulação de compra noutro comércio e embalam num pacote diferente do original", explicou aos jornalistas Manuel Quevedo, chefe do Comando Regional da polícia militar.

No último domingo, as autoridades venezuelanas confirmaram que foram detidas quatro pessoas na sequência de irregularidades detetadas num conhecido restaurante de portugueses em Caracas, como condições de insalubridade em congeladores e a existência de produtos exclusivos dos supermercados estatais.

As detenções foram confirmadas pelo ministro venezuelano do Interior, Justiça e Paz, Miguel Rodríguez Torres, que explicou que foram detidos dois donos do restaurante, o administrador e um funcionário policial. Aquele responsável precisou ainda que na parte superior de Budare del Este funcionava "um lugar noturno, clandestino e ilegal, onde se dedicavam à prostituição".

Segundo Ronald Rivas, vice-presidente da rede Mercal, o restaurante Budare del Este não tem autorização legal para usar os produtos da rede estatal.

Por outro lado, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, precisou na sua conta do Twitter que foi detetado um "roubo de 900 kgs de pernil, 600 kgs de frango, 500 kg de carne (de vaca) de Mercal, chegando a Budare del Este".

"Ordenei deter os responsáveis e pô-los à ordem do Ministério Público. Não podemos tolerar que se destrua, por ladroagem, o Mercal do Povo. Esses produtos são da Missão Alimentação, para satisfazer as necessidades da família venezuelana, não para que um 'vivo' (espertalhão) se enriqueça", escreveu.

Segundo o ministro venezuelano de Alimentação, Félix Osório, é uma irregularidade vender produtos exclusivos das redes de supermercados estatais Mercal e Bicentenário, em estabelecimentos privados.

Osório explicou aos jornalistas que nalgumas oportunidades os supermercados estatais distribuíram carne e frango a cadeias privadas de alimentos, mas com autorização e supervisão do Ministério de Alimentação.

@PortuNoticias com © Lusa | Felipe Gouveia | Agencia de noticias de Portugal


■ Somos vetores na divulgação de valores lusos em Venezuela com #PortuNoticias Prensa Internacional e #RadioNavegante ■ Redes sociais: #PortuNoticias
Compartilhe este artigo :

0 comentarios:

Que opinas deste artigo?

Diz-nos o que pensas...

 
Suporte técnico: © Adé Caldeira | Creador Website
Copyright © 2013 PortuNoticias - Todos os direitos reservados
Creado por PortuNoticias Prensa Internacional
Facebook: PortuFacebook