A Federação
Venezuelana de Industriais da Panificação e Afins (Fevipan) apelou quinta-feira
aos padeiros da Venezuela a ajudarem-se mutuamente para fazer face a uma
eventual escassez de matéria-prima nos próximos dias.
O apelo foi feito
por Tomás Ramos, presidente daquele organismo, com o propósito de garantir que
as padarias da Venezuela tenham para venda o tradicional pão de fiambre fumado
que os venezuelanos consomem principalmente desde a quadra natalícia até ao dia
de reis.
Na Venezuela um
grande número de padarias é propriedade de imigrantes portugueses radicados no
país.
Segundo aquele
responsável, a Fevipam está a abastecer todas as padarias do país com farinha,
mas conta com menos 350 mil sacos que o previsto devido a um conflito sindical
ocorrido em setembro último que levou à paralisação, durante um mês, de dois
moinhos em Puerto Cabello, a oeste de Caracas.
O conflito, que foi
solucionado, implicou uma redução de 10% da produção, equivalente a 13 mil
toneladas de farinha de trigo, pelo que a Fevipan estima que em 2014
"aumentará a produção, porque as operações estão normalizadas".
Por outro lado o
presidente da Federação Nacional de Trabalhadores da Indústria da Farinha
(Fetraharina), Juan Crespo, precisou que os moinhos estão em funcionamento, mas
o transporte até às padarias pode vir a ser afetado.
"Há alguns
motoristas que foram de férias de natal e viajaram para o interior do país,
pelo que não regressam até que terminem os dias festivos", disse.
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