Venezuela termina 2013 com 52,8% de inflação

terça-feira, 31 de dezembro de 2013


Os preços de bens de consumo na Venezuela subiram 4,8% em novembro e 2,2% em dezembro, elevando para 52,8% a inflação acumulada em 2013, revelam dados hoje divulgados pelo Banco Central da Venezuela (BCV).

"Tal como se analisou em outubro, a especulação sobre os preços de bens e serviços encontrava-se fora de controlo, o que poderia projetar uma variação mensal próxima dos 6% em novembro. As medidas de inspeção e fiscalização permitiram conter essa tendência em novembro e revertê-la em dezembro", afirma um comunicado do BCV.

O documento sublinha que as medidas ordenadas pelo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em novembro, para combater a especulação e a usura, tiveram "um impacto muito positivo na opinião pública, especialmente nos setores populares".

As descidas dos preços e serviços incidiram principalmente no equipamento para o lar (que passou de 5,1% em outubro para -1,1% em novembro), vestido e calçado (de 7,6% para 4,3%) e serviços para o lar (de 6,8% para 3,3%).

Por outro lado, a inflação nas bebidas alcoólicas passou de 8,6% em outubro para 5,5% em novembro, a cultura e lazer de 4,7% para 2,2%, o transporte de 4,2% para 2,1%, os serviços de educação de 6,7% para 0,9%, as comunicações de 0,7% para 0,4% e os restaurantes e hotéis de 6,2% para 5,9 por cento.

Em novembro, Nicolás Maduro acusou os empresários venezuelanos de estarem envolvidos numa "guerra económica" e sabotagem contra o seu Governo.

Por outro lado ordenou as lojas de eletrodomésticos do país a baixarem os preços, depois de várias inspeções detetarem "aumentos injustificados".

As inspeções expandiram-se depois a outros setores, como produtos alimentares, automóveis, calçado, têxteis, brinquedos e imobiliário, com o Governo venezuelano a anunciar que se prepara para regular os preços e margens de lucro de todos os produtos e serviços do país.

Milhares de pessoas acorreram durante vários dias seguidos às lojas, fazendo aumentar as queixas dos cidadãos de dificuldades em obter alguns produtos essenciais.

@PortuNoticias com © Lusa | Felipe Gouveia | Agencia de noticias de Portugal


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