Com distintas visões sobre o futuro da
Venezuela, a comunidade portuguesa está "preparada" para cumprir uma
vez mais com "o dever" de votar nas eleições municipais de domingo,
mas com muitas reservas em divulgar as suas intenções de voto.
"Há muitos anos que voto mas estas eleições não são a mesma coisa
que votar numas presidenciais. É preciso mais preparação, porque há muitos
candidatos ", disse uma madeirense à Agência Lusa.
Com 55 anos de idade e mais de 40 na Venezuela, Rosa Vieira, elegerá o
presidente da Câmara Metropolitana de Caracas, o presidente da Câmara Municipal
de Libertador e os vereadores. “Já tenho tudo bem analisado, como agora o
processo é eletrónico é preciso rapidez e não enganar-se", disse.
Questionada sobre as suas intenções, sublinhou que "isso é
segredo" mas reconheceu que "a Venezuela precisa urgentemente de um
diálogo" e que "os últimos anos as campanhas eleitorais
transformaram-se "numa luta de insultos entre políticos, que levam as
pessoas a radicalizar posições e a ser pouco tolerantes".
Alguns portugueses disseram à Agência Lusa que mais que atender as
necessidades dos cidadãos, muitos dos eleitos deixaram-se levar por
"guerras e interesses políticos", o que afetou a credibilidade e a
mobilização dos eleitores.
Divididos em quanto a intenções de voto vários comerciantes frisaram
estar "confundidos" sobre as diferentes propostas, principalmente
porque a polarização política persiste e também as municipais vão vistas como
uma "luta entre capitalismo e socialismo", coincidindo no entanto que
"os próximos tempos na Venezuela vão ser muito difíceis".
Estes mesmos comerciantes demonstraram receio em expressão as suas
opiniões, argumentando temer que quer da parte do "oficialismo"
(governo), quer da parte da oposição, sejam alvos de represálias.
© Felipe
Gouveia / Agencia de noticias LUSA
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