A agência de
notação financeira Moody's baixou na segunda-feira a nota dos títulos
venezuelanos para "Caa1", mantendo uma perspetiva negativa, devido ao
alegado aumento do risco de colapso económico e financeiro.
A Moody's observa
"desequilíbrios macroeconómicos cada vez mais insustentáveis",
incluindo um "nível de inflação muito elevado e uma forte depreciação da
taxa de câmbio paralela".
"As políticas
do Governo pioraram estes problemas, elevando consideravelmente o risco de um
colapso económico e financeiro", refere a agência em comunicado.
Para a Moody's, a
inflação na Venezuela "está fora de controlo, superando um nível de
50%" e a taxa de câmbio no mercado paralelo, ilegal no país, subiu 64
bolívares por dólar, dez vezes acima da taxa legal de 6,3 bolívares.
Na Venezuela existe
um controlo do câmbio que coloca nas mãos do Estado o monopólio da gestão do
mercado de divisas do país.
A Moody's realça
ainda a existência de uma "escassez generalizada de vários bens", que
obrigou o Governo a aumentar as importações, bem como a crescente redução de
ativos financeiros líquidos do país.
"Apesar de o
país ter uma quantidade substancial de reservas de ouro e outros ativos
líquidos, as reservas de moeda estrangeira alcançaram níveis baixos",
refere a nota da mesma agência, sublinhando que a Venezuela teve um crescimento
do PIB de apenas 1,4% nos primeiros três trimestres do ano.
Na semana passada,
a agência de notação financeira Standard & Poor's anunciou também a redução
da classificação da Venezuela para "B-".
@PortuNoticias com © Lusa | Agencia de noticias de Portugal
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