A Igreja Católica, na Venezuela, pediu hoje,
aos cidadãos do país, que participassem ativamente nas eleições municipais,
marcadas para 08 de dezembro, dirigindo-se aos centros eleitorais e a votarem
calmamente e em liberdade.
"É um direito que temos e há que exercê-lo com liberdade e não
coagido", disse hoje disse o cardeal e arcebispo de Caracas, Jorge Urosa
Savino. "Quero insistir nisto, porque às vezes ouvimos [dizer] que há
ameaças, pressões, chantagens. O voto é secreto, só Deus sabe por quem cada um
vota", acrescentou o clérigo, em declarações à imprensa venezuelana.
Aproximadamente 19 milhões de venezuelanos, e cidadãos estrangeiros
radicados há mais de dez anos no país, vão domingo às urnas para eleger os
presidentes de câmaras municipais e outros dirigentes autarcas, assim como
representantes indígenas dos 335 municípios do país.
Segundo Jorge Urosa Savino, a Igreja apela "a participar
maciçamente" nas eleições municipais, sendo o voto "uma obrigação
moral", que não pode ser omitida, na contribuição "para o bem
comum".
"Ninguém pode ficar em casa 'pintado na parede' [imobilizado], porque
não terá capacidade para mudar o que se quer mudar ou para conservar o que se
deve conservar. Quem estiver contente [com a atual situação] votará pelo que
temos agora, e quem estiver descontente terá de votar por algo distinto",
frisou o arcebispo de Caracas.
Jorge Urosa Savino instou os cidadãos venezuelanos a votam pela opção
que considerarem ser a melhor, e a fazer das eleições uma "jornada de
convivência" e a "evitar qualquer tipo de desordem ou
alteração".
© Felipe
Gouveia / Agencia de noticias LUSA
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