Governo venezuelano expande fiscalizações a lojas de telemóveis e computadores

terça-feira, 31 de dezembro de 2013


O Governo venezuelano alargou hoje as fiscalizações dos preços de venda às lojas de telemóveis e de computadores, tendo detetado situações de "usura" a nível dos distribuidores daquele produtos.

"Visitámos de maneira aleatória cinco lojas. A margem entre o custo e o preço de venda está entre 30 e 45% (...). Ficou-nos muito claro que o delito de usura está a ocorrer. A partir de segunda-feira começarão as inspeções aos distribuidores", disse o ministro de ciência e tecnologia, Manuel Fernández.

Entretanto, o vice-presidente da Venezuela, Jorge Arreaza, instou os distribuidores de material telefónico e informático a acatar as instruções do Executivo e a baixar os preços dos produtos.

Por outro lado, o ministro de Agricultura e Terras, Yván Gil, anunciou que o Governo venezuelano vai inaugurar, a 27 de dezembro, um novo sistema formal de distribuição de hortaliças, no qual os produtores do campo poderão vender diretamente os seus produtos.

"Vamos criar um mercado alternativo para os retalhistas, para que todos os merceeiros e comerciantes de supermercados possam comprar diretamente. Estamos decididos a acabar com as máfias de intermediários que encarecem os alimentos", disse.

Segundo Hebert Garcia Plaza, chefe do Órgão Superior para a Defesa da Economia, nas últimas inspeções "53 pessoas foram detidas em flagrante, po usura descarada e evasão de impostos". Foram efetuadas 157 denúncias ao Ministério Público.

Na Venezuela muitos portugueses dedicam-se ao comércio de bens, dominando áreas como as dos supermercados e com importante presença na produção e distribuição de produtos agrícolas. São ainda proprietários, em menor grau, de lojas de distribuição de alimentos, de ferragens eletrodomésticos e telemóveis.

Na última sexta-feira, o presidente da Venezuela Nicolás Maduro deu instruções aos organismos do país para serem "mais severos" nas inspeções e sanções a estabelecimentos comerciais, no âmbito da luta contra a especulação e o açambarcamento de produtos.

Em novembro último, Nicolás Maduro, acusou os empresários venezuelanos de estarem envolvidos numa "guerra económica" e sabotagem contra o seu Governo.

Por outro lado, ordenou que as lojas de eletrodomésticos do país baixassem os preços, depois de várias inspeções detetarem alegados "aumentos injustificados".

As inspeções alargaram-se depois a outros setores, como produtos alimentares, automóveis, calçado, têxteis, brinquedos e alugueres, com o Governo venezuelano a anunciar que se prepara para regular os preços e margens de lucro de todos os produtos e serviços do país.

Milhares de pessoas acorreram durante vários dias seguidos às lojas, fazendo aumentar as queixas dos cidadãos de dificuldades em obter alguns produtos essenciais.

@PortuNoticias com © Lusa | Felipe Gouveia | Agencia de noticias de Portugal


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