O Presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que vai elaborar normas "muito
estritas" contra o que diz ser o sensacionalismo da imprensa e para
impedir que quem viva no estrangeiro seja proprietário de algum meio de
comunicação social.
"Vão-me chamar
de ditador, mas não me importo. Eu vou fazer um conjunto de normas, muito
estritas, para acabar com o sensacionalismo, a campanha, a propaganda que se
enche e se alimenta do sangue, da morte e quem a promove", disse.
Nicolás Maduro
falava durante um ato oficial celebrado no estado venezuelano de Miranda, a sul
de Caracas, e acusou a imprensa venezuelana de pretender o falhanço do programa
de pacificação do país que o Governo lançará a 14 de fevereiro.
"Quando um
país inteiro clama pela paz e eles saem a deleitar-se com a morte e a
promovê-la", disse.
As novas normas vão
também proibir "que gente que não viva na Venezuela seja proprietária” de
meios de comunicação social, disse ao salientar que o seu Governo vai
"curar" a sociedade venezuelana dos "anti-valores do
capitalismo, do culto das armas, da violência e das drogas".
O anúncio do
Presidente da Venezuela acontece quando a imprensa critica o Executivo por não
ter acesso à compra de divisas para importar o papel necessário à impressão dos
jornais.
Na Venezuela vigora
desde 2003 um férreo sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção de
moeda estrangeira no país e nas últimas semanas vários jornais reduziram o
número de páginas impressas por falta de papel, advertindo que se persistir a
situação haverá quem tenha de suspender publicações.
Segundo o
Observatório Venezuelano de Violência 25.000 pessoas foram assassinadas em 2013
no país.
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