[16/02/2014] O ex-candidato
presidencial Henrique Capriles Radonski pediu ao governo venezuelano que
investigue as mortes ocorridas durante as recentes manifestações na Venezuela e
anunciou uma marcha nacional contra a violência no país.
"Não é
democrático controlar a ordem pública com chumbo, isso é fascismo puro. Quem
deu um tiro na cabeça a esses venezuelanos? Onde estão? Que aconteceria se eu
dissesse à gente para sair à rua como (Nicolás) Maduro disse ontem?" -
questionou.
Durante uma
conferência de imprensa em Caracas, o também governador do Estado venezuelano
de Miranda, acusou o governo de colocar pessoas "infiltradas" em
todos os atos da oposição, que alegadamente promoveriam a violência, ao mesmo
tempo que se demarcou dos opositores que exigem "a saída" do
Presidente da República.
"Não somos
violentos. Não acreditamos nesse caminho. Não percamos o foco, deixemos os
infiltrados sós, sejam de um partido ou de outro”. Até porque “há gente que
quer que eu seja violento e não posso ser violento com gente que amo",
disse Henrique Capriles que anunciou uma marcha nacional contra a violência e
os grupos armados.
O líder opositor
instou os estudantes que, desde há dias protestam em várias cidades contra as
políticas governamentais, a "garantir a paz da República" e
solidarizou-se com o dirigente opositor Leopoldo López, do partido Vontade
Popular, que tinha pendente uma ordem de captura e é responsabilizado pelo
Governo, dos acontecimentos violentos de 12 de fevereiro.
Capriles Radonski
insistiu que não pode apoiar situações de violência e recordou que "os
seus quatro bisavós foram assassinados num campo de concentração, sobreviventes
do Holocausto", disse.
Entretanto centenas
de pessoas concentraram-se hoje em Parque Cristal, Chacao (leste de Caracas),
para apoiar as manifestações de estudantes.

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