Centenas de
motociclistas protestaram em Caracas contra uma proposta governamental para
regular os horários em que podem circular pelo país.
O projeto
governamental prevê limitar a circulação de motociclistas na capital venezuelana,
em horário noturno, uma iniciativa que procura reduzir o alto índice de
criminalidade, muitas vezes associado a cidadãos a bordo de motocicletas.
Com as motos
ligadas os motociclistas marcharam no leste de Caracas, desde Petare até à sede
do Instituto Nacional de Trânsito e Transporte Terrestre (INTT), perante o
descontento dos automobilistas pela congestionamento e de alguns cidadãos que
manifestaram aos jornalistas ter sentido medo ao ouvir os rugidos dos motores.
Depois de apelar
para que não os "satanizem" e insistir que também eles são vítimas da
insegurança os motociclistas entregaram um documento ao presidente do INTT,
Dario Arteaga, pedindo que "cesse qualquer implementação de qualquer
regulação do tema de horários".
"Estamos
pedindo que retomem as mesas de diálogo e zelaremos pelo cumprimento do que diz
a Constituição sobre o livre-trânsito, por qualquer meio, por todo o território
nacional", explicou Ricardo Vargas, porta-voz dos motociclistas.
A suspensão do
trânsito de motociclistas em horário noturno está atualmente a ser aplicada nos
Estados venezuelanos de Táchira, Nueva Esparta e Anzoátegui.
Segundo o
presidente do INTT, Dario Arteaga, nos Estados onde se implementou
"reduziram-se consideravelmente os acidente de trânsito e os índices de
delitos".
Esta é a segunda
vez que o Governo venezuelano tenta controlar a circulação de motociclos no
país, a primeira delas teve lugar em 2011 e em resposta os motociclistas
realizaram um ruidoso protesto em Caracas, chegando a impedir a circulação, durante
várias horas, por uma autoestrada da capital.
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