O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a saída do cargo do
atual ministro das Finanças, Nelson Merentes, uma reforma do sistema de
controlo de divisas e a manutenção do câmbio de 6,3 bolívares por dólar
norte-americano em 2014 e “bastante tempo”.
O chefe de Estado defendeu que as mudanças acontecem em função do plano
de desenvolvimento que tem sido encetado e para a “expansão de um sistema
financeiro ao serviço da pátria”.
Na remodelação governamental, Nicolás Maduro decidiu fundir o Ministério
da Banca Pública com o Ministério das Finanças e colocar na nova pasta Marcos
Torres que até agora era apenas titular da pasta da Banca Pública.
Já Nelson Merentes irá regressar ao Banco Central, entidade que presidiu
até passar a ocupar a pasta governamental em abril de 2013.
Perante o parlamento, onde passou em revista o ano de 2013, Nicolás
Maduro anunciou também o fim da Comissão Estatal de Administração de Divisas
que terá as suas funções absorvidas pelo novo Centro Nacional de Comércio
Externo.
O objetivo é, disse, “reestruturar todos os mecanismos de acesso a
divisas para acelerar esses processos complexos”.
O novo centro será liderado pelo até agora ministro do Comércio
Alejandro Flemming.
Em várias passagens da sua intervenção, Nicolás Maduro reiterou
acusações de que o tecido empresarial venezuelano lidera uma guerra económica
contra o seu Governo, mas manifestou a sua confiança em ações para que “nunca
mais a burguesia parasitária” volte a ter o poder no país.
A Venezuela atravessa uma complicada situação económica com uma inflação
que terminou em 2013 acima dos 56% e um crónico problema de abastecimento de
bens essenciais.
As alterações ministeriais reveladas na quarta-feira completam a
reestruturação iniciada há uma semana com a mudança em sete Ministérios para
“ajustar” e “melhorar” o andamento dos trabalhos do seu gabinete.
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