O Presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, libertou uma centena de presos, num indulto de fim
de ano.
O anúncio foi feito
pelo vice-presidente, Jorge Arreaza, na sua conta de Twitter: “Outra boa
notícia. O presidente Nicolás Maduro autorizou 100 indultos para [cidadãos]
privados de liberdade, após análise rigorosa do tipo de delito" de cada
um.
O vice-presidente
venezuelano explicou que os prisioneiros foram escolhidos, tendo em conta
"a conduta, o tempo de pena cumprido e o desempenho" de cada um dos
reclusos.
"Felicitações
a eles e às suas famílias. Devem transitar agora para a senda do bem!" -
concluiu.
Na última
segunda-feira o presidente Nicolás Maduro negou conceder um pedido de amnistia
para o comissário Iván Simonovis, antigo secretário de segurança cidadã de
Caracas, que foi condenado a 30 anos de prisão pelo alegado envolvimento nos
violentos acontecimentos ocorridos em abril de 2002.
Entre 11 e 13 de
abril de 2002, várias pessoas foram assassinadas e dezenas ficaram feridas em
conflitos nas proximidades do palácio presidencial de Miraflores, tendo o então
presidente da República, Hugo Chávez, sido afastado temporariamente do poder.
Numa conferência de
imprensa em Caracas, Nicolás Maduro explicou que não estava entre as suas
competências atribuir tal indulto e que o falecido presidente Hugo Chávez
"concedeu as amnistias que tinha que conceder em 2007".
Também que
"Simonovis está em mãos da justiça por cometer um delito que lesa a
humanidade", disse, ao ser questionado sobre os insistentes pedidos da
oposição, que o considera um preso político e pede a sua libertação por razões
de saúde.
"Se o querem
catalogar como preso político, digam a que partido político pertencia?
Simonóvis sempre foi polícia, não se pode catalogar de preso político",
disse.
Bony Pertiñez,
mulher do comissário, reagiu à posição do presidente da República, escrevendo
na sua conta no Twitter que a sua "família sofre, porque cada dia
(Simonovis) morre em vida por crimes que não cometeu".
Entretanto hoje
circularam pela Internet uma carta atribuída ao ex-magistrado do Tribunal
Supremo de Justiça venezuelano, Eládio Aponte Aponte, atualmente exilado na
Costa Rica, na qual admite ter recebido ordens e pressões do antigo presidente
da Venezuela, Hugo Chávez, "para condenar" três comissários, entre
eles Iván Simonovis, "aplicando a pena máxima de prisão pela sua
participação nos acontecimentos de abril de 2002".
Nos últimos meses
Iván Simonovis foi transferido várias vezes, de emergência, a centros
hospitalares, devido a problemas de saúde.
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