A deputada, Maria Corina Machado, do movimento “Vente Venezuela”, o líder
de “Voluntad Popular”, Leopoldo Lopez, e deputados da “Movida Parlamentaria” (todos
opositores ao governo oficialista venezuelano) organizaram esta quinta-feira 23/01
uma conferencia de imprensa para celebrar o “23 de enero de 1958”, data na qual
caiu o regime do ultimo ditador venezuelano, Marcos Jimenez Perez, e abriu
caminho à democracia na Venezuela.
Leopoldo Lopez chamou ao “levantamento”, mas aclarou que “levantamento” significa
"primeiro que nada o levantamento da consciência, o levantamento de nosso
espírito de luta, de nossa vocação de mudança", "para que não mal interpretem".
Por sua vez a deputada à Assembleia Nacional, María Corina Machado,
ratificou o apelo à população de encontrarem-se nas ruas. "A partir de
manhã (hoje) chamamos à mobilização de todos os sectores para elevar nossas
vozes, como dizia (Rómulo) Betancourt, na rua é onde o povo se reconhece e
reconhece sua força", disse a parlamentaria.
María Corina Machado manifestou que depois deste apelo "o seguinte
é estimular as ruas de luta cívica e responsável".
Leopoldo López informou que a partir do domingo 2 de fevereiro iniciarão
no país um ciclo de assembleias de rua, com um tema a discutir: "A saída? Qual
é a saída a este desastre [na Venezuela]?".
Os representantes da oposição responsabilizaram o Governo pela
deterioração na qualidade de vida que se evidencia na insegurança, a elevada
inflação e o estado de serviços públicos como a saúde; sustentaram que é
necessário não só uma mudança de Governo, senão uma mudança de modelo.
Leopoldo López disse que seguramente o Governo venezuelano tomará a
postura que suas declarações são um apelo à violência. No entanto, indicou que
não cairão nessa chantagem. "O Governo virá com a chantagem de que se
saímos às ruas estamos a apelar à violência (...) o direito de sair às ruas
existe desde que os povos são povos. Dizem que se chamamos à rua vai ter
violência, essa não é a nossa convocação, nossa convocação é a de encontrar-nos",
vincou.
Os dirigentes opositores sustentaram que ante a convocação de sair à rua,
em assembleia, estar-se-á entrando numa etapa de riscos que passará por uma
maior repressão.
"Os riscos que vemos é como se acentue um processo de repressão
para impedir que esta expressão cidadã saia e cresça na rua. Mas isso é empecível,
porque é a força da consciência a que estamos estimulando, canalizando,
mobilizando e organizando", expressou Maria Corina Machado, quem
acrescentou que "a indignação deve converter-se em organização e ação”.
Finalmente, López pediu aos venezuelanos "acordemos e reagimos
(...) não nos rendamos, não assumamos uma posição de submissão ante quem nos
atropelam".
Vídeo da conferencia de
imprensa
Adé Caldeira | Prensa
Internacional | prensa@portunoticias.com
Twitter: @PortuNoticias | www.portunoticias.com

0 comentarios:
Que opinas deste artigo?
Diz-nos o que pensas...