O Secretário de
Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, defendeu hoje a necessidade
de "criar lobby" com a diáspora portuguesa para aumentar o
investimento em Portugal e recuperar o país.
"Portugal pode
orgulhar-se de conseguir reconverter setores fundamentais da nossa economia,
como o calçado, o vinho e as confeções têxteis. Conseguimos porque fomos
capazes de puxar por aquilo que temos de melhor. Temos de acreditar mais em nós
e ser capazes de nos pormos em contacto uns com os outros, criar lobby, uma
rede", referiu o secretário de Estado.
José Cesário falava
no III Encontro Empresarial da Diáspora, organizado pela Nerlei - Associação
Empresarial da Região de Leiria, com o apoio da Secretaria de Estado das
Comunidades Portuguesas.
"É com diálogo
e com o esforço coletivo que iremos contribuir para a recuperação do
país", acrescentou.
"Claro que
temos problemas, mas o maior é o nosso individualismo, o não sermos capazes de
trabalhar em equipa. Temos de ser capazes de trabalhar de forma mais
articulada", defendeu ainda José Cesário, realçando a importância da
diáspora.
"A experiência
de sucesso nos países em que desenvolvem a sua atividade", "o
conhecimento dos mercados", o "espírito empreendedor", associado
à "facilidade que, sendo portugueses, têm para desenvolver a atividade e
entrar em parcerias com empresas radicadas em Portugal" são
"trunfos" que o presidente da CIP - Confederação Empresarial de
Portugal, António Saraiva, considera que têm os empresários portugueses da
diáspora.
António Saraiva
referiu também a importância da Comunidade Portuguesa de Business Angels, que
"efetuou 121 investimentos, em 85 start ups (empresas em fase de
desenvolvimento e pesquisa de mercados) com menos de três anos, num montante
global de 15 milhões de euros".
O presidente da CIP
adiantou que, atualmente, a "disponibilidade existente é de mais de 37 milhões
de euros", pelo que acredita que "nos próximos dois anos, o número de
investimentos em start ups irá disparar em Portugal".
Para que tal
aconteça, é "essencial concretizar e lançar um Fundo de Co-investimento,
que alavanque os fundos que os empresários e gestores da diáspora portuguesa
invistam em start ups que tenham a sua origem em Portugal".
© Lusa | Agencia de
noticias de Portugal
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