PortuNoticias | Falta de lugares em voos internacionais apanhou comunidade portuguesa da Venezuela de surpresa

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013


A falta de lugares nos voos internacionais a partir da Venezuela, em particular com destino a Portugal, apanhou de surpresa a comunidade portuguesa local, por entre manifestações de "preocupação" e "incredulidade".

"Tive sorte e consegui um bilhete para junho (de 2014), porque um amigo de uma agência de viagens advertiu-me do que estava a acontecer, mas há muita gente que está a ser apanhada de surpresa", disse à Agência Lusa uma representante da secção Venezuela do Conselho das Comunidades Portuguesas.

Segundo Maria Lourdes de Almeida, atualmente "há um défice muito grande de lugares, as linhas aéreas internacionais estão com quase tudo vendido até finais de 2014 e as pessoas estão a planificar e comprar as viagens até com um ano de antecipação".

A conselheira das comunidades adiantou que em 2013 viajou para Portugal "por 14 mil bolívares (1.634,00 euros), já com os impostos incluídos" mas que agora teve "de pagar 27.000 mil bolívares (3.151,00 euros), pela mesma viagem e com muito mais antecipação".

A conselheira diz ter ouvido manifestações de "preocupação" da comunidade com relação à falta de lugares, mas também de "incredulidade, porque há pessoas a quem custa acreditar que isto esteja a acontecer".

"Já no ano passado houve muita procura, mas a situação intensificou-se. Há algmas pessoas que estão apreensivas, porque se questionam sobre o que acontecerá em caso de situações familiares de emergência", frisou Maria Lourdes de Almeida.

Um agente de viagens explicou à Agência Lusa que um dos motivos da alta procura, é porque as "pessoas percebem pouca estabilidade no bolívar (a moeda venezuelana) e desde há vários meses que acreditam que haverá em breve uma forte desvalorização".

"Comprar com bastante antecipação dá a possibilidade de conseguir lugar nas classes mais económicas, mas também de proteger-se e poupar um pouco", frisou.

O mesmo agente explicou que "há destinos para onde as coisas são mais complicadas do que para Portugal, sobretudo nos voos para o continente americano" o que leva a que esforços adicionais das agências de viagens. Na Venezuela está vigente, desde 2003, um sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção de moeda estrangeira.

Antes de viajarem, os passageiros têm de se dirigir à Comissão de Administração de Divisas que autoriza a atribuição de até 3.500 dólares anuais (conforme o destino) para compras com cartão de crédito durante as viagens ao estrangeiro.

Segundo a imprensa venezuelana alguns cidadãos optam por viajar para países da América Latina, com o propósito de fazer turismo, mas também de regressar ao país com algumas divisas, que em muitos casos acabam no mercado paralelo onde a cotação chega a ser até dez vezes superior ao valor oficial de 6,30 bolívares por cada dólar norte-americano.

@PortuNoticias com © Lusa | Felipe Gouveia | Agencia de noticias de Portugal


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