O ministro do Interior da Venezuela, Miguel Rodríguez Torres, disse
hoje que as ações tomadas para combater a insegurança no país levaram a uma
redução de 51,7% dos casos de sequestro e de 17% dos assassinatos, no último
ano.
"Os dois
delitos mais duros, o delito de sequestro e o de homicídio diminuíram em 51,7%
e 17%, respetivamente", disse o ministro numa entrevista televisiva em que
fez um balanço da sua gestão em 2013.
No entanto, segundo
o ministro, existe uma "cifra negra" relacionada com os sequestros,
que tem a ver com o facto de muitas vezes as pessoas não denunciarem os casos
por temerem represálias ou por terem falta de confiança nos organismos de
segurança do Estado.
Em declarações à
Televen, o canal 10 da televisão privada venezuelana, o ministro precisou que
as autoridades conseguiram resolver "95% dos casos de sequestro que foram
denunciados", sublinhando que a denúncia e a confiança nas autoridades é
importante para combater este tipo de delito.
Miguel Rodríguez
Torres, que também é diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional
(serviços secretos) precisou ainda que "72% dos homicídios do país
resultam de conflitos entre grupos e do tráfico de substâncias ilícitas",
admitindo que a participação de elementos dos próprios organismos de segurança
nos sequestros "é um problema real" que as autoridades estão a
combater.
Segundo dados não
oficiais, na Venezuela são sequestradas anualmente mais de 1800 pessoas. O Foro
Penal venezuelano dá conta que em 2012 foram assassinadas 16.038 pessoas no
país.
Segundo fontes da
comunidade portuguesa, quase três dezenas de portugueses e luso-descendentes
foram sequestrados desde janeiro último na Venezuela, dos quais seis foram
assassinados, um número que admitem estar muito aquém da realidade, porque as
pessoas, por receio, não denunciam à polícia e tentam ocultar a situação dos
jornalistas.
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