[17/02/2014] Onze jornalistas foram detidos e, pelo menos, 20 ficaram feridos na
Venezuela, entre quarta-feira e domingo, quando faziam a cobertura de protestos
da oposição, denunciou o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa
(SNTP).
Num comunicado divulgado em Caracas, o SNTP faz um balanço da situação
dos jornalistas, precisando que "cinco foram espancados e feridos pela
Guarda Nacional e cinco foram roubados por funcionários dos mesmos corpos de
segurança, que além de lhes tirarem o material e o equipamento de trabalho,
também os deixaram sem objetos pessoais como os telemóveis".
Na lista de nomes dos profissionais agredidos está o do fotógrafo
freelancer português, Eduardo Leal, que foi atacado quando cobria uma
manifestação de estudantes opositores em Caracas e esteve várias horas detido
pela polícia.
O documento sublinha ainda que dois profissionais da comunicação social
foram agredidos por manifestantes, um deles na praça França de Altamira (leste
de Caracas), onde está concentrada a oposição, e outro durante uma manifestação
convocada por simpatizantes do Governo.
Segundo o SNTP foram "violados os direitos ao trabalho e à proteção
dos trabalhadores dos meios de comunicação social" o que levou o
secretário-geral daquele organismo, Marco Ruiz, a protestar pelas ações dos policias
contra os jornalistas e denunciar os mesmos perante as autoridades de Justiça.
No comunicado, o SNTP diz ser "censura" a decisão do Governo
de suspender das operações de televisão local o canal internacional de notícias
da Colômbia, NTN24, que fazia a cobertura dos acontecimentos e denuncia
"assédio" às sedes dos canais Venezuelana de Televisão (estatal) e
Globovisión.
Segundo as autoridades venezuelanas três pessoas morreram desde 12 de
fevereiro último na sequência de atos de violência ocorridos durante protestos
de estudantes opositores contra o governo do presidente Nicolás Maduro.
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