O Presidente da
Venezuela anunciou um aumento de 10% no valor do salário mínimo e pensões
do Estado, uma medida para fazer com que os salários compensem os 56% de
inflação registados em 2013 no país.
"Decidi
iniciar janeiro dando um aumento salarial de início de ano, de 10% nas tabelas
salariais, de salário mínimo urbano, 10% a todas as pensões", disse
Nicolás Masduro.
O chefe de Estado
falava no palácio presidencial de Miraflores, durante um encontro com a direção
do parlamento venezuelano, em que sublinhou que o aumento coloca os salários e
as pensões "acima da inflação criminosa, induzida pela guerra
económica" de adversários do seu regime.
Nicolás Maduro
recordou que, em maio de 2013, o Governo venezuelano aumentou o salário mínimo
em 20%, outros 10% (sobre o aumento anterior) em setembro e outros 10% (sobre
os dois aumentos anteriores) em novembro desse mesmo ano.
"Tudo, mais ou
menos, dá um aumento de 59%, entre maio (de 2013) e janeiro de 2014, e a
inflação induzida anual esteve pela ordem dos 56%", declarou.
Explicou que em
2014, o seu Governo continuará a aplicar medidas para controlar a inflação,
pela via da produção, do trabalho, do investimento nacional e internacional.
Por outro lado,
precisou que a medida beneficiará também quase 2,7 milhões de pensionistas do
país, 10 mil dos quais passarão a receber por primeira vez uma pensão este mês,
como parte do programa de assistência social Grande Missão em Amor Maior,
destinado a cidadãos que efetuaram descontos para a segurança social.
Anunciou ainda que
vão ser assinados e aprovados "em paz" todos os contratos coletivos
que estão por aprovar e instou os venezuelanos a baixar o nível de consumo de
produtos, bens e serviços e a fazer um "consumo racional".
O novo aumento
eleva o salário básico venezuelano para 3.270,30 bolívares (381,70 euros),
segundo a cotação oficial de 6,30 bolívares por dólar americano.
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