A falta de
disponibilidade de lugares levou a American Airlines a suspender a venda de
bilhetes aéreos para viagens que se iniciem na Venezuela, em qualquer tipo de
moeda, avançou hoje a agência Bloomberg.
"Devido ao
limitado inventário disponível, não somos capazes de vender ou dar resposta aos
pedidos dos passageiros neste momento", disse a porta-voz da
transportadora aérea, Martha Pantin, numa mensagem de correio eletrónico
enviada à Bloomberg.
A suspensão da
venda de bilhetes da American Airlines tem lugar depois de a Associação
Internacional de Transporte Aéreo (Iata) revelar que existe preocupação do
setor por atrasos de parte do Governo venezuelano em autorizar as operadoras a
repatriar 2,6 milhões de dólares.
Na Venezuela
existe, desde 2003, um férreo sistema de controlo cambial que impede a livre
obtenção de moeda estrangeira no país, administrado pela Comissão de
Administração de Divisas (Cadivi).
Segundo o diário El
Nacional, "a dívida da Cadivi com as linhas aéreas tem motivado que
algumas delas ponderem deixar de operar na Venezuela", apesar de ser um
destino "atraente".
A situação levou o
Instituto Nacional de Aeronáutica Civil da Venezuela a criar grupos de trabalho
com empresas estrangeiras de transporte aéreo, a Associação de Linhas Aéreas da
Venezuela e a Iata, para definir parâmetros de propostas de pagamento, que
poderão passar pelo uso de títulos de dívida pública venezuelana e combustível,
além da aprovação de exploração novas rotas aéreas.
A legislação atual
da Venezuela estipula que as empresas estrangeiras que operam no país estão
obrigadas a vender os seus produtos em bolívares, a moeda local.
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